Despedaçando e desmoronando ao contrário..

É como se a junção de tantos doces te fizessem ter uma super overdose de açúcar. Aliás, eu tive uma quando criança, foi muito engraçado e assustador; um garoto de seis anos ganhando uma caixa daqueles pirulitos de saquinho com açúcar coloridos depois de mais de mais 30 diplicks, o espertinho acabou desmaiando, tentaram me acordar, porém o pequeno descontrolado conseguia apenas abrir os olhos, mas não conseguia se mover, uma criança abobalhada tendo uma overdose de açúcar. Mas por quê, se doces pra crianças foram fabricados e testados para não nos causarem mal? Pois bem, talvez nem precisemos de doces, mas usamos para reparar alguma falta, de alguma ou de várias questões. 

Uma coisa é fato, SAC Consumidor são formidáveis, poder dizer que seu doce não te fez bem ou te fará..? Eles te perguntam como você está. Gentileza é tudo ❤️ Onde trabalho nem sempre ser gentil é o suficiente, as pessoas gostam de conversar, mas como são muitos às vezes precisamos agilizar e agilizar, correr e correr, como roedores na roda dentro de uma gaiola.

Você já leu Pai Rico e Pai Pobre de Robert T. Kiyosaki? Eu não li, mas ultimamente me contam sobre trechos dessa obra, por exemplo, sobre como uma pessoa pode ser instigada durante a sua vida a agir sempre de acordo com suas realidades financeira, como a estória do "Príncipe e do Plebeu", sabe? Eu até entendo como deve ser difícil quebrar esses paradigmas e dilemas da vida, você também pensa assim? Desculpa estar fazendo tantas e tantas perguntas, mas já faz tanto tempo que não nos vemos, tanto que até voltei a consumir doces e mais doces pra adoçar meu intelecto de gatinho preso num novelo de lã, e não vou mentir, alguns doces são bem azedos, mesmo estando escrito sabor pêssego na embalagem, mas ao menos continuam adoçando e melando e.. nos viciando.. e quando menos percebemos estamos imóveis..

Deveria ser pior quando criança, imóvel, sem poder brincar, se bem que não era muito minha praia brincar, a não de bola com a parede, meus Max Stelle de cabelos de barbante e vestidinhos de retalhos de restos de tecidos rasgados. Só doía quando eu me furava com as agulhas, era só pôr os dedos em baixo da torneira e logo logo parava de sangrar. Nunca gostei de sangue ou hospitais. Meu pai sempre gosta de contar história que quando eu tomei injeção quando criança eu subi em todas as mesas do ambulatório e driblei os enfermeiros, chorava, mas acabei perdendo, me seguravam, como se eu fosse louco e lá vinha a agulha..

Hoje eu até aceito agulhas, mas eu sempre peço que não me deixem olhar, não sei, a visão de agulhas perfurando a pele. Prefiro os doces azedos..

Vou pra casa daqui a pouco, espero que chova, sempre chove nos meus aniversários, mesmo não sendo época de chuva. Ah, é! Hoje foi meu aniversário, adoraria se você pudesse me deixar um feliz aniversário, amo tanto quando lembram ^ ^ 

Enfim, se estiver chovendo, vou abrir as janelas do meu quarto e sentir a brisa, ventania, gotículas delicadas.. Sentir as gotas doces, torcendo pra que o sabor de pêssego não seja tão ácido..

Ainda, confuso e sem destino, mas ainda assim..

Gentilmente,

Samuel Filipe.

Resistência

Cabe a mim, livrar minha mente de todas as coisas que me atribulam neste momento.. Toda insegurança desleixada, o medo de se ver encurralado em um beco sem saída.. Entreolhar o espelho, meu reflexo, olho-a-olho e encontrar uma imagem totalmente distorcida por entre os grão de areia.. Ligar a torneira e jogar a água no peito, afinal quem necessita esfriar aqui é o estagnado coração.. Essa peça âmbar em um encanamento desfibrilhado. Você me acha entristecido, não é mesmo? A janela ouviu seus comentários.. E os guardou.. Não consigo, da maneira mais simples possível, abrir e limpá-la de tantas impurezas.. Pois bem, crie forças, pois o que está por vir não será nada fácil.. Se acreditas que a volta de uma chama fará todo trabalho sozinha, prepare-se para o balde de água fria.. E olha que eu não esperava por isso.. Até um minucioso último segundo esperei algo sublime, ao menos um gesto de afeto.. Mas soam só palavras soltas.. 

E você não quer me ouvir.. 

Não dá a mínima para o que sou.. O que me tornei.. Consegue perceber que a sorte cantou pra subir? E fez dessa imagem que tanto protege um borrão.. Querer ser preenchido de forças que jamais tive.. Tirar de onde nunca tirei.. Entenda.. Não dá pra sorrir! Essa história de sentimentos, estandartes, corcéis brancos, está escorrendo nesse exato momento, quente e ardilosa, por minha face.. Quando não queria acreditar.. Você acreditou por mim.. E por mais que eu não queira falar por entre esses sonhos, você está ali e não..

Eu não estou ali..

Pare de arfar.. não será acatado.. não decorrerão injúrias.. Alcançará somente um copo de água e.. Um, dois, três, quatro.. Quantas tiverem dentro do frasco.. Apenas saberá que está bom quando o desgostoso sabor se extinguir de todo o palato.. Cobre doçuras.. Mastigue uma goma.. Esqueça rápido.. Proste o pescoço por sobre os antebraços.. Encolha seu corpo.. Sinta-se rígido.. Ali..

Não vai te abater.. Ele não irá te incomodar..

Acalentadoramente.

Samuel Filipe.

Passos no escuro..

Enfiar ponta da faca por entre as metacarpofalangeanas.. Queria entender um pouco mais sobre as razões e os motivos que me levam aos teus pés.. Me desmembraria em troca de saciar seu apetite. Acalme-se, hoje não haverá dificuldades capazes de atordoar seus instintos, que por acaso, existem? 

Tudo começa com uma felicidade e por fim, mais um sentimento estranho, e é você quem diz isso, que lembranças corroem neurônios um a um.. Mas isso é um sinal de benevolência, da qual fazíamos em todas as condutas, através de sorrisos.. E os seus, permita-me dizer que condescendiam o fato das estrelas produzirem brilho próprio, mas.. Apenas há anos luz atrás.. Afinal de contas, já foi, sumiu, só vejo rastros e por mim somem as lembranças..

Burburinhos, "você está bem?", "como esteve?", "há quantos séculos, não?".. Juro que perdi as contas de quantas vezes eu vi.. E estava magnífico, estonteante, supimpa! Mas é hora de clarear as ideias.. Não existe mais, e mesmo que nos digam pra nunca usar 'nunca', uso.. E é gratificante que não causei buracos.. Bom.. Talvez do tamanho das quais as traças conhecem bem.. Não.. Quer saber? Dá pra ver bem, que fiz um estrago considerável, mas não.. acalme-se.. Não foi em seu coração..

Vou clarear mais um pouco, mas o suficiente pra que não desbote muito.. Do jeito que as coisas estão parece que não aconteceu nada, só os dias passaram, as horas voaram.. E minha paciência? Ah, saudades..

Deixa eu te explicar.. É como uma aglomeração de barreiras, enfileiradas, mais altas que eu.. E eu sei que se lembra do comecinho.. Havia um lacinho escrito: "Não deu lá, te espero mais tarde.. 'Xoxo'".. Depois disso só vieram lágrimas e sombras.. Não admirarei desistir no meio dos obstáculos, afinal de contas, você não se sente à vontade quando não te deixam à vontade.. Não quando querem martelar sua cabeça com toda sorte de insensíveis frivolidades.. Como se morasse em uma geladeira, do tamanho de um daqueles prédios em Dubai e extenso como a muralha da China..

Não dá, só sei que "não aguentar" é algo que faz parte desse 'baratíssimo' que vos escreve..

Obs.: Quando tornar a atravessar o limite me avise, pois sairei correndo, bem na direção oposta.. E não.. Eu não falei de você..

Tropeçadamente,

Samuel Filipe.

Suas lembranças.. Minhas palavras.. Nossa Época..

Mas é claro que eu me lembro.. Risadas intermináveis.. A noite jogada à própria sorte com o céu pobre de estrelas.. Um luar totalmente minguado.. Mas era seu sorriso que despia a realidade em minha mente, controlada por uma carga de inibidores comedidos de estresse. Vamos topar uma prosa, deliciosa, inocente, afável, justa?

Sinto tê-lo levado junto com meu torrencial de lágrimas. Afim jogar uma corda, porém tenho certeza que não a seguraria. Não depois de ver seus desamores, mas vai lá, "carpe diem", sinta-se em casa para por todos seus pés em minha mesa, torcer para que a mão caia repousando em minhas bochechas.

Essa é e essa vai pra ti.. Dono de tantas feições, criador de tantos bordões.. Desafeiçoado por suas injúrias, cujas criatividades avassalam, pintam e bordam meu coração..

Ah! Faça-me um favor e tire esses sapatos de dança! Sabes bem que não lhe apetecem, e sabes muito bem o que te move.. Não há cobranças, nem remendos que possam impedir de que sejas feliz, então continue traçando seu caminho, descolorindo o céu em um tom de azul pastel e os raios de sol amarelo gema de ovo.

Acredite.. topei em uma palavra, um "fado", intermitente, um anagrama infeliz, que me inunda de tristezas e agonias. Reponha todas as manhãs aquele sorriso enjoado, aspirando sorte e sucesso..

Parabéns.. Você é livre..

Nostalgicamente,

Samuel Filipe.

Não.. Não te odeio..

"Odeio o modo como fala comigo,

E como corta o cabelo. 

Odeio como dirigi o carro, 

E odeio seu desmazelo. 

Odeio suas enormes botas de combate,

E como consegue ler minha mente. 

Eu odeio tanto isso em você..

.. Que até me sinto doente. 

Odeio como está sempre certo,

E odeio quando você mente.

Odeio quando me faz rir muito.. 

.. Ainda mais quando me faz chorar...

Odeio quando não está por perto, 

E o fato de não me ligar.

Mas eu odeio principalmente,

Não conseguir te odiar,

Nem um pouco..

Nem mesmo por um segundo,

Nem mesmo só por te odiar.."

Poema do filme "10 Coisas que eu Odeio em Você", 1999.

Rumo a Hometown Glory.. Com o pulso cortado.. Sangrando.. Não apenas sangue.. Mas que deliciosa maneira encontrada pelo autor para prestigiá-los, vós, caros leitores.. Enquanto uma sinuosa poltrona ambulante me leiteira de farto conforto, admito não possuir turbulentos pensamentos no momento para apresentar, senão minha nova obstrução dentária.. Se odeio? Não.. Por quê? E pra quê? Imagino que és detentor de uma inabalável.. 

Ah, não.. Não concordo com nada disso.. Peço licença poética para lhe dizer, o que talvez jamais aceites, porque afinal.. És incontestável.. Confesso admirar tamanha riqueza de advérbios.. Possuidor de um dicionário de muitas e muitas palavras difíceis.. Enquanto eu gosto apenas de trocar os pingos dos "i" por corações e estrelinhas.. Talvez nuvenzinhas.. Não consigo interagir com uma geleira, não se meu caderno de caligrafia ainda estiver vazio.. De flores..

Vamos deixar algo claro, ódio é uma palavra severa e pesada demais.. Me dê um minuto e vos explicarei o que acho de tudo isso.. Meu violão parece estar empenando na poltrona ao lado.. Alguns gostam de brigas, outros de toneladas de chocolate e pantufas.. Eu me atrevo a gostar de você.. É engraçado, não? Mas eu realmente te conheço pra tamanha responsabilidade? 

Eu desconheço de seus assaltos ao frigobar em uma quente noite de outubro, e assim foi-se uma lata de leite condensado.. Infelizmente não terá mais pudim para a sobremesa de amanhã, mas quer saber, eu não dou a mínima. Há esse intruso sorriso em sua bela face, sorriso esse que me desmantela e me faz lembrar de sua incessante espera, naquele ponto.. Ponto a qual me direciono.. 

Haverá um vendedor de Halls lá.. E minhas pegadas serão o retrato de meus sentimentos.. Desaparecidos.. Peraí.. R$1,50? o.O' que absurdo..

Mas se tem uma coisa que vale a pena nisso tudo é que o discernimento aflorou, e para um meio entendedor meia palavra é mais que o suficiente.. É "Chato"? Pois é.. Agora é.. Se eu queria que fosse?.. BANG! Pergunta capciosa.. A resposta sempre, sempre será "não", porque nunca, nunca foi.. O amo de todas as formas..

Gentilmente,

Samuel Filipe.