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31/08/2015

Seu Último Dia..

Pergunta quando foi, o quê foi e quem o fez.. De grão em grão a pipoca estourou.. Cômico ser tão imprevisível, até para si mesmo.. Consigo ler seus pensamentos.. Prever seus atos.. Sou eu, em você..

O quanto antes, revire seu celular, e troque todas suas senhas.. Abra mão de seus planos, pois sei exatamente o quê e como fazer para impedí-los.. Seus sonhos tem horário e data marcada.. Cabe apenas realizá-los.. Isso.. Se eu permitir..

Ass.: Tempo

Adiante cinco minutos.. Apenas para se preparar quando tudo terminar.. O início do fim.. A segurança que outrora te conduzia em todos seus passos, longe está.. Cabe somente o teto e o chão.. Onde você pode escolher onde se segurar, pois cintos não terão mais tanta firmeza no momento do engate.. O filme que deveria passar de toda sua vida em sessenta segundos infelizmente não será exibido pois o projetista deixou um bilhete escrito "fui!" na mesinha há semanas atrás.. Em momentos mais que perfeitos, nota-se que a chegada ao mundo não precisou de tantos cortejos..

Por menos que sejam os motivos e impasses, você deixou sua marca no asfalto, timbrou seu nome no papel e mostrou que veio pra fazer a diferença.. Embora digam que erros sucumbem virtudes, não acredito que não haja culpa sem perdão.. Quando menos esperamos o sol ressurge.. Te dando ânimo e forças para mais duelos inesperados.. Quimera o passado não provocasse impressões.. Me perdoe, se te faço refulgir.. Tomaste o ar de meu interior e agora não passo de um balão vazio.. Inocente noite.. Mais um despertar sombrio.. Adeus ao desgosto..

Peço, encarecidamente, que retorne diariamente a este blog, e me dê cinco minutos de seus olhos. E uma vida de sua mente. Se eu for privilegiado o bastante, anseio por seu comentário e ser honrado que passe esses singelos pensamentos por onde for capaz.


Gentilmente,
Samuel Filipe.

29/08/2015

Por você..

Não existem distâncias.. Que se exploda o impossível!.. Se somos um pouco menor que Deus.. Podes sonhar.. Sentir faíscas saindo de seus dedos.. Usar mais de 10% de seu cérebro..

Fim do primeiro ato..

(Lá vem ele.. O Amor.. Todo tranquilo.. Humilde.. Sorridente..)

E.. Ação!

- Por quê? Porquê agora? O que te induz a sentir? Não poderia simplesmente trancá-lo em um freezer e atirá-lo meio a correnteza?
- Sem chances.
- Mas..
- Há um motivo.
- Que motivo?
- Havia vida em seus olhos. Uma verdade pura, preciosa. Não existe meios de se extinguir tal sentimento. Não chegou o fim.
- ...

.. Corta!

Essa fala não estava no roteiro.

Assim como muitas que foram ditas, talvez sem pretensão. Frases que não possuíam peso bruto, que eram leves e mágicas, assim como a dinâmica existente na aleatória distribuição de cores nas asas de uma borboleta. Continham essência. A qual, por mais sincero e espontâneo fosse, não deixou de mover e bombear sangue. Mas que sorte receber tal presente. Juro retribuir à altura. E lá se foi o amor.. Peralta.. Fascinante..

Fim do segundo ato..

Não há espaço para discussões, quando a razão perde as estribeiras, explode.. Pavio curtíssimo. Em um espetáculo cujo drama pediu licença à comédia.. Poltronas tomadas por lágrimas.. Ao menos esperamos o clímax, que trouxe seu sobrinho para a estreia, pondo suspense na primeira fileira..

Durante o desenrolar da história, todas as peças do quebra-cabeças se repunham e a tão esperada verdade foi dita. O diálogo entre os mocinhos fecharam a obra com chave de ouro crivada por cristais e diamantes.

- Insiste em vociferar desculpas. Como se não bastasse todo apreço que lhe dei. As chances que lhe dispus. Se não coubesse a mim, e unicamente, o fardo consentâneo por meus delitos.
- Não são nada.
- Como ousa?..
- Cabe-me absolver seus crimes. E assim o faço.
- Não entendo a razão.
- Sem dúvidas, jamais falaria por ela. Entretanto, por mais casto que seja, o amor me disse.. "Haveriam momentos de loucura, momentos insanos, momentos de orgulho.. Sua tarefa? Nunca se esqueça.. Amar.. De bom grado.. Sem ressentimento.. Sem retribuições e permutas.. E compreender seus desígnios.."
- Refletes por si?..
- Não.
- Então?.. Por quê?
- Por nada..
- ...
- Por tudo.
- ... ...
- .. Por você..


Fim do último ato.


Peço, encarecidamente, que retorne diariamente a este blog, e me dê cinco minutos de seus olhos. E uma vida de sua mente. Se eu for privilegiado o bastante, anseio por seu comentário e ser honrado que passe esses singelos pensamentos por onde for capaz.


Gentilmente,
Samuel Filipe.

28/08/2015

Só.. Au.. Revoir..

Sim.. Porquê não?!.. Se a bela adormecida adivinhasse o poder de sonolência provocado por rocas de fiar, teria se tornado farmacêutica e o mundo dos contos de fadas seria um lugar mais calmo e pacífico.. Depois dos felizes para sempre ela teria um Nobel, antes heróis, príncipes pleiteariam seus diplomas para alcançar a mão da pequena afilhada de Malévola.

Solitário.. Incapacidade de se comunicar.. Algo como uma lepra social.. Quanto mais conheço, mais esqueço, mais tropeços.. Repousando em águas cálidas, pensamento surreal, realidades simultâneas.. Um quebra-mola e o feitiço se desfaz, enrodilhando transportes públicos, a imagem e ilusão de um pequeno pedaço molhado à frente em pleno calor de Agosto. Nem parece que os dias voaram e a busca pela purificação interior surtiu efeito.. Realidade essa que só as décadas podem salientar.. Devo numerar diversos fatos ocorridos.. Mas em plena madrugada tudo me foge a mente, com exceção do terrível calor.

Vamos começar pelo começo, em uma avenida.. Nomes indígenas não me soam familiares.. Transporte público.. Um ósculo.. Sabia.. Não acreditava em mágica até então.. O principio induzia algo que almejava faíscas como fogos de artifício, como obras barrocas, sua majestade demonstrava alegria em seu olhar, tal como se a felicidade estivesse a centímetros de sua boca.. Autor que se pergunta se foi ludíbrio causado por obras de sua sonhadora mente fantasiosa. As nuvens nunca foram tão leves, tão fofas segundo bolas de algodão. O paraíso tão próximo, dada rendição tão sutil e ao mesmo tempo profunda. Não havendo mais suprimentos de ar, o fôlego esvaiu, permitindo somente sensações limitadas pela corrente sanguínea, apesar de tal explosão significar o surgir de um novo ser, renovado por inalterabilidade e glória..

Resplandecer.. A hábil tarefa de reluzir algo que talvez não tenha mais brilho.. Não se pode forçar uma estrela a brilhar, quando todo o vigor, partiu.. 

Acordo, 5hs da manhã, a cabeça aos pés da cama, costas doloridas, descoberto.. Quem poderia imaginar que o calor de Agosto seria inversamente rigoroso em suas madrugadas.. Uma barrinha reta piscando.. Onde foram parar as ideias?.. Ou melhor, as lembranças.. Uma ensolarada tarde de Dezembro, sentados em um banco de praça.. Patinhos.. Silencioso e feliz.. Único.. Que mal poderia causar um jovem cuja paz é alcançada mediante coisas tão simples.. ?.. Opa.. Mais uma brisa.. Deixe-me sentí-la..

Tenho notado como o repúdio, cuja motivação se estendeu a patamares estratosféricos, pode induzir resultados não esperados.. De maneira quando arremessamos uma bolinha de papel em uma lixeira.. Tinha tudo pra dar certo, porém não foi "cesta", não marcou ponto.. Você fica olhando pra cena, pensando, "no que foi que eu errei?"..

O Topo.. Um critério inimaginável, para leigos.. e ele está lá.. Surpreendentemente.. Sorrindo.. Um chute no escuro.. Mas seria possível que a história não tivesse um "fim"? Talvez o poder de uma despedida seja mais fraca que de um regresso. Cabe apenas sonhar.. Fazer o quê, né? É apenas isso que me resta..

Peço, encarecidamente, que retorne diariamente a este blog, e me dê cinco minutos de seus olhos. E uma vida de sua mente. Se eu for privilegiado o bastante, anseio por seu comentário e ser honrado que passe esses singelos pensamentos por onde for capaz.


Gentilmente,
Samuel Filipe.

09/08/2015

O Botão de Bloqueio

Já me falaram dele várias e várias.. e várias vezes.. como se fosse uma orquestra de "bloqueia!", como diz minha mãe "entrou em um ouvido e saiu pelo outro, né rapaz?", ele está sempre lá, me pergunto diariamente "pra quê?", como se um mísero botão animado destroçasse uma existência, capaz, né? Acaso haveria um botão de bloqueio em algum compartimento secreto acoplado em meu braço? Em minha nuca? A pílula da amnésia está em falta nos postos de saúde de Brasília.

Quando era garoto, bloquear uma conversinha na mesinha do lado, infelizmente não surtia efeito, gritos, por mais que tampasse minhas orelhas, piadinhas intimidantes e negativas, sobre eu gostar de brincar com origamis com folhas rosas (os corações ficavam lindíssimos), fofocas sobre minhas bochechas avermelharem quando algum popular garoto viesse me cumprimentar e assim que virasse a esquina eu começasse a dar pulinho e rodopios em torno de mim.. sempre sorri com os olhos fechados, mostrando os dentes como um cavalo, não entendia qual era o erro nisso.. O bloqueio não provocava resultados.. Ódio?!.. Quimérico para um apaixonado menino de 6 anos.. Momento da vida cuja exclusiva preocupação era tirar notas boas, e ficar à espreita, vasculhando a fresta do portão, aguardando meus amiguinhos imaginários.. Eles me achavam entediante.. Ainda bem que bolas de futebol e paredes surradas não eram frutos de minha imaginação..

Conseguia bloquear as aulas de ciências.. Anatomia Humana, até hoje, aviso a minha mãe, cuja profissão eu não me encaixaria, em absoluto, seria qualquer uma de área médica.. Queria ter uma fábrica de doces.. Queria ser arqueólogo, biólogo marinho ou aventureiro.. Assim como já quis ser pedreiro, já quis ser confeiteiro, já quis ser cantor e ir no Raul Gil, cantar alguma moda de viola e pronunciar "Pindamonhangaba"..

Mas como se nada fosse acontecer.. Eu cresci.. Tentei bloquear isso o mais que pude.. Sem sucesso.. Como é que é? Prestobarba? Mas.. Mas.. Como meus ossos tem 5 anos a mais da minha idade? Atrevo-me a acreditar em promessas.. Cuja entrega tomam absolutamente tudo de mim.. Não vou bloquear ninguém, só quero que bloqueiem os olhos semi-cerrados, nos cantos. Adoraria que bloqueassem os "Hum.." por todos os sentidos, que o mal fosse pago com o bem, que a dor que emana em minha alma se convertesse em alegria..

Que o real se torne real, e que a ilusão seja bloqueada!

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Gentilmente,
Samuel Filipe.

05/08/2015

Coração de Papel

Costurando uma camisa rasgada, frente ao peito, o coração pulou pra fora, mais uma vez, ele tende a escapulir todas as vezes que chove, fecho as janelas e ele se esquiva. travesso, vai ver cansou de bater um peito cujo sangue se tornou amargo como fel. Pena que foste tu o único que me sobraste, todos fugiram, desde que o pulmão se fora, não tenho como respirar. Logo que meu estômago partiu, não tenho mais me alimentado. Depois que minha mente me abandonou não consegui me ater em pensar qualquer coisa que fosse, seja pra me distrair, seja pra me fazer sorrir.. Sorriso.. Arcária dentária zarpou, me impedindo de abrir meus lábios, por absoluto constrangimento. Todos se foram, permitindo-me inércia, e cá estou, um simples colchão em um escuro quarto, vazio, sem mim, sem ti..

Não entono canções, não mais, enquanto lhe aguardava chegar do trabalho, minhas cordas vocais se recusaram solfejar soluços e tristes melodias, como um pobre passarinho que se perdeu de seu ninho.. Não me atrevo mais em olhar a janela, sinto medo de que não houvesse mais estrelas no céu, seria como se o mundo estivesse rejeitando minha presença, a terra me cuspiria, junto a meu caixão, que se recusaria a fechar, torcendo para que eu me levantasse e não pensasse mais em entrar em tal precioso mogno.. A rua que uma vez era minha, não possui mais pedras brilhantes, sem chances de que por aqui ele passaria.. 

Vaidosas borboletinhas pairam próximo, me ofereço de pouso, com a ponta de meu dedo. Consigo escutar suas suspeitas em descansar suas lindas asas, em tão suja torrinha. Ela parte amedrontada. Some por entre os labirinto de arbustos. Não queria ter asas, apenas alguém cujo beijo pudesse me fazer levitar.. Onde estão as luzes nos postes? Que de dia estão acesos.. Possivelmente sabem de minha presença..

Abalroo até os mais tórridos desertos e savanas, onde noto hienas rirem por onde passo.. Fugir de leoas sorrateiras, onde deveria ter permitido me destroçarem.. A caminho de neve perduro, onde lágrimas não existem, andando aflito para não cair dentro de geleiras, neva em meu rosto, a sensação é como lâminas em minhas bochechas, queimam, sangram, quem dera surgir um buraco a qualquer momento.

Instigante, deveras a neve saber quão tortura me causa? Que seus cristais chamuscam minha pele? Fazes isso com intuito de me ver enternecido, como eles, seu destino.. Fragilidade.. O estopim ao desvanecer. Sede por patentear ferimentos e marcas de tormentas passadas e que não aparentam sanar, o desdenhar de uma foice.. Que mal me faria? Uma luta cuja burla provocou efeito. O coelho vence a tartaruga. Por ser mais rápida? Ou por suas astúcias? Não.. Porque no fim da história, era ele que o ganharia de todo modo, de todo jeito.

Peço, encarecidamente, que retorne diariamente a este blog, e me dê cinco minutos de seus olhos. E uma vida de sua mente. Se eu for privilegiado o bastante, anseio por seu comentário e ser honrado que passe esses singelos pensamentos por onde for capaz.


Gentilmente,
Samuel Filipe.

04/08/2015

Invisível

"Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos"

Chbosky, Stephen - As Vantagens de Ser Invisível, 1999.


Rejeição plena, um real motivo.. Defeituoso, resoluto, contraditório.. Você não é.. Nem isso.. Nem aquilo..

Laico, imperceptível ao futuro que há de vir.. Disfarce efêmero.. Um suporte momentâneo causado por afecção mútua.. O esconderijo de um infante..

Pergunto-me, por quais meios os ratos se escondem, fugitivos ágeis.. Como se o tempo de ação, fosse mais rápido.. Como se atingissem a velocidade da luz. Imaginava que esses pequenos roedores gostassem apenas de queijo, hoje sei bem que eles se alimentam de muitas coisas mais..

Reflexões sob uma pequena árvore, cujas folhas balançavam mediante a velocidade que carros e caminhões cruzavam as ruas.. Ao telefone, uma voz que quase seria familiar, mas que não foi epílogo. Sons metálicos, robóticos, audazes percorriam por entre a sucinta saída de voz.. A real atitude de quem você jamais poderia imaginar.. Uma dedução arteira quebrando verossimilhança quântica.. Podia ter, eu, forjado tal armadura? Propício a balear minha própria imagem no espelho? Hum.. Uma gota de.. Chuva? Mais uma vez? Nunca me lembro de fechar as janelas.. Nem de lembrar de comprar os tais lencinhos..

Olá, Tempestade.. Não se cansa de molhar meus lençóis? Como se não bastasse o vazamento dentro de minha casa.. Sorte a minha que não fugi com o circo.. Era um velho hábito em situações como essa..

Adoraria encontrar a chave do diário que me deu.. Não escrevo nele há meses.. Mas acho que ainda se achasse, não conseguiria me recordar dos acontecimentos passados.. Lembro-me apenas de chuvas, relâmpagos e trovoadas.. Gosto de ficar dentro de casa.. Agasalhado preferencialmente.. Assim como o autor neste exato momento.. Aprendi que calmantes não possuem efeito contínuo.. E que azul traz serenidade.. Que roupas devem ter cheiro de amor, ou talvez fosse seu aroma do qual elas tinham inveja e tomavam pra si..

Arrisco um beijo, durante um sono leve, tão sutil que as pás do catavento emitem aquele baixo, porém estridente, choro de metais.. Me desdobrou em mil, como um origami saí voando, na forma de um Tsuru. Não quero acordar, pois sei que não existirão cataventos.. Que pingos de um infiltramento roubaram de mim a sensação de tuas carícias..

Deste quarto escuro, olho através de um canto da persiana, não posso ir mais brincar lá fora, nem com galochas, nem com um barquinho à remo.. Perpetuo fechando os olhos e escutando meu próprio ranger de dentes.. Não vejo mais sorrisos, ninguém visita sombras.. Quando, adivinhar onde se escondem, isso se adivinhar, lutarei por suas atenções, por um espaço na lua..

Que susto! Dormi sem querer, celular no peito, entre os dedos, rosto umedecido (choveu mas não percebi?), acordei assustado, coração disparado, de algum lugar meu nome saía, levantei sentindo frenesi me aquecendo o sangue, quase cederam, joelhos arqueados, "obrigado, gaveteiro, senão fosse a ti, meu rosto teria cortejado o piso de maneira brusca e desagradável".. Com o semblante paralisado, ouso entreluzir algo como um sorriso, "está tudo bem, pode ficar tranquila", um televisor sem imagem.. Aventura tecnológica, botões e cabos, a essência de cada um, atuando sob sua própria função, um mamão e uma pêra aparecem, "bom", de acordo com esse comercial, as taxas de inflação continuam a subir.. Um agradecimento sincero, um presente ao meu coração.. Quem manda ser apaixonado por realizar favores.. Meu gatinho estava à espreita, fugindo de mais um comprimido, se não bastasse ter extraído seis dentes.. Que bom ter recebido ajuda de forma calma..

Volta ao quarto.. Um relato angustiante.. Recebimento em forma de carinho, compreensão.. Algo com uma faixa escura me vem a mente.. Ainda bem que existem chás.. Sento-me na cabeceira, não há mais motivos.. Ainda está.. ?!.. Ponho o computador no colo.. Penso em quê voltar a dizer a você depois de tudo que passamos.. que tal.. "Que susto!"? E assim, volta a chover :(

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Gentilmente,
Samuel Filipe.

02/08/2015

Flor de Cerejeira

Receita de Bolo de Cereja. Ctrl+C e Ctrl+V, mandando para a impressora. Recorta bonitinho. Pega a cola bastão e emporcalha todo o verso do papel, repousando-o então sobre uma página do envelhecido livro de receitas..

Um dia bom, um piscina quente, anjos apaixonados cantarolando belas canções, risos de amor e carinhos românticos. O Coração se regozijou de felicidade, por tais palavras, como entreter uma alma ferida cujo medo de escutar verdades e sutilezas é benéfico a tal ponto. Como se chovesse um chuva ácida, corroendo a pele impura, purificando uma hábil couraça cravejada de pedras preciosas e brilhantes..

Sorrindo, olhando ao derredor, toda uma veracidade de um pilar estruturalista. Vidas que não vivi. Esperanças que não senti. Permanecer sorrindo, esse é o escopo.. Triunfo.. Esquecimento.. Objetivo.. Muitas teses, e a indiscutível jornada para a concretização de um desejo surreal..

Sonetos.. Palavras usadas na infância, ao abrir um dicionário de palavras difíceis de serem pronunciadas.. Hipopotomonstrosesquipedaliofobia.. Sempre me enrolo ao dizer palavras grandes.. Gaguejo.. Ocasional ou frequentemente.. Devo ter isso.. Não se usa mais trema?.. Palavras soltas em frases e anedotas.. Mas que culpa tem seus significados?

São como ingredientes do bolo de cereja, vão e voltam dentro de um copo de liquidificador (gaguejei.. depois me perguntei aonde fostes parar os tremas..), é duro ser frágil.. suscetível à força de lâminas, destroçando sua existência.. Abrindo suas pétalas contra vontade e cuspindo em seu delicado pólen.. Como haveria de imaginar que isso poderia acontecer? Um plano? Maquiavélico de certo modo.. Escuso por trás de íris de cristal e sorrisos de diamante..

Curiosas lãs de ovelha, algodão branco e macio, suave aroma de baunilha, perguntas e respostas, sem fim.. Trucida alma por entre gestos de amabilidade.. Um artista, pintor de telas.. A Declaração de um príncipe, por sua obra, chamada de: "Seu fim por meu começo"..

Algumas vezes escutei sobre a origem de um deserto.. Talvez, mar.. A parte rica de um oceano, que um dia se estancou.. Após muitos e muitos anos sucumbiu de soberba, tornando-se ermo e infrutífero.. Poderia exceder areia de nossos olhos? O futuro do aquecimento é a fumaça.. Névoa do que restou.. 

Passando farinha na forma, elaborando a feição excêntrica desse esmerado lotado de glúten e conservantes, que não me perguntem como foram parar aí.. Só sei o que tipografei e enchi de grude..

Ameixas? Não, não gosto. Em passas, então, me dá repulsa.. Só sei o quão rico são seus produtores.. Prefiro morangos.. Mesmo não sendo o principal ingrediente, taco uma imensidão de morangos por cima.. 

Por quê não me canso de açúcar? Procurarei Dalai, ele saberá o que me dizer..

O tempo passa e não sinto os vestígios de dor se deslocarem. mãos cansadas de misturar, preciso de uma batedeira, de algo que possa agir de maneira rápida, ágil e precisa.. Talvez uma caixinha de lenços..

Mais alguns minutos no celular, fatigado por presumir um acontecimento ilógico.. Angustiante.. Angustiando.. Ops.. O bolo está pronto, com licença, não posso deixar queimá-lo, mas se assim suceder, não teria problema, faria uma gelatina.. Aceitam um pedaço?

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Samuel Filipe.