Solitário.. Incapacidade de se comunicar.. Algo como uma lepra social.. Quanto mais conheço, mais esqueço, mais tropeços.. Repousando em águas cálidas, pensamento surreal, realidades simultâneas.. Um quebra-mola e o feitiço se desfaz, enrodilhando transportes públicos, a imagem e ilusão de um pequeno pedaço molhado à frente em pleno calor de Agosto. Nem parece que os dias voaram e a busca pela purificação interior surtiu efeito.. Realidade essa que só as décadas podem salientar.. Devo numerar diversos fatos ocorridos.. Mas em plena madrugada tudo me foge a mente, com exceção do terrível calor.
Vamos começar pelo começo, em uma avenida.. Nomes indígenas não me soam familiares.. Transporte público.. Um ósculo.. Sabia.. Não acreditava em mágica até então.. O principio induzia algo que almejava faíscas como fogos de artifício, como obras barrocas, sua majestade demonstrava alegria em seu olhar, tal como se a felicidade estivesse a centímetros de sua boca.. Autor que se pergunta se foi ludíbrio causado por obras de sua sonhadora mente fantasiosa. As nuvens nunca foram tão leves, tão fofas segundo bolas de algodão. O paraíso tão próximo, dada rendição tão sutil e ao mesmo tempo profunda. Não havendo mais suprimentos de ar, o fôlego esvaiu, permitindo somente sensações limitadas pela corrente sanguínea, apesar de tal explosão significar o surgir de um novo ser, renovado por inalterabilidade e glória..
Resplandecer.. A hábil tarefa de reluzir algo que talvez não tenha mais brilho.. Não se pode forçar uma estrela a brilhar, quando todo o vigor, partiu.. 
Acordo, 5hs da manhã, a cabeça aos pés da cama, costas doloridas, descoberto.. Quem poderia imaginar que o calor de Agosto seria inversamente rigoroso em suas madrugadas.. Uma barrinha reta piscando.. Onde foram parar as ideias?.. Ou melhor, as lembranças.. Uma ensolarada tarde de Dezembro, sentados em um banco de praça.. Patinhos.. Silencioso e feliz.. Único.. Que mal poderia causar um jovem cuja paz é alcançada mediante coisas tão simples.. ?.. Opa.. Mais uma brisa.. Deixe-me sentí-la..
Tenho notado como o repúdio, cuja motivação se estendeu a patamares estratosféricos, pode induzir resultados não esperados.. De maneira quando arremessamos uma bolinha de papel em uma lixeira.. Tinha tudo pra dar certo, porém não foi "cesta", não marcou ponto.. Você fica olhando pra cena, pensando, "no que foi que eu errei?"..
O Topo.. Um critério inimaginável, para leigos.. e ele está lá.. Surpreendentemente.. Sorrindo.. Um chute no escuro.. Mas seria possível que a história não tivesse um "fim"? Talvez o poder de uma despedida seja mais fraca que de um regresso. Cabe apenas sonhar.. Fazer o quê, né? É apenas isso que me resta..
Peço, encarecidamente, que retorne diariamente a este blog, e me dê cinco minutos de seus olhos. E uma vida de sua mente. Se eu for privilegiado o bastante, anseio por seu comentário e ser honrado que passe esses singelos pensamentos por onde for capaz.
Gentilmente,
Samuel Filipe.
 
 
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